Se você está escolhendo a sua Residência Médica e pensa em fazer residência em Cirurgia Cardiovascular na USP (Universidade de São Paulo), continue aqui com a gente para saber de tudo!
E já começamos com uma novidade: a residência em Cirurgia Cardiovascular que antes durava 2 anos e exigia como pré-requisito outros dois anos de residência em Cirurgia Geral mudou! A partir de 2019, ela passou a ser uma especialidade de acesso direto com 5 anos de duração, organizados, obrigatoriamente, por estágios práticos — que ocupam cerca de 80% a 90% da carga horária — e o restante do tempo é dirigido a atividades teórico-pedagógicas complementares para a formação do profissional.
A maior parte do programa de residência em Cirurgia Cardiovascular na USP é realizada no Instituto do Coração (Incor), uma das sete unidades hospitalares que integram e, juntas, formam o do Hospital das Clínicas da FMUSP. Certamente, isto vai ser impactante para a sua formação: foi no Incor que ocorreu o primeiro transplante da América Latina e um dos primeiros do mundo, lá em 1968. Já dá para ter uma ideia do destaque que a especialização nessa instituição tem no mercado de trabalho.
Você se imagina aprendendo em um hospital universitário reconhecido como centro de excelência internacional nas áreas clínica e de ensino em Cardiologia, Medicina Cardiovascular e Cirurgia Cardiovascular? É nesse polo de atendimento e pesquisa que quem optar pela residência em Cirurgia Cardiovascular na USP vai ter a oportunidade de participar de diversos procedimentos, seja como cirurgião auxiliar ou como cirurgião principal, sempre sob orientação da equipe docente e de preceptores – mas não é fácil, viu? Em 2020, foram somente 3 vagas para a residência em Cirurgia Cardiovascular na USP, com uma considerável relação candidato/vaga de 13,7!
Se você já tem certeza da sua escolha e está se preparando para a prova de residência da USP, dá uma olhada no artigo que produzimos contando tudo – direto ao ponto – sobre ela. Aproveita e dá uma olhada no nosso novo Guia Estatístico com os cinco temas e assuntos que mais caíram e cada grande área nos últimos anos.
Agora se você ainda está se decidindo ou está um pouco perdido, nossa função é te ajudar. Muitas pessoas confundem a residência em Cirurgia Cardiovascular com a Cirurgia Cardiotorácica. Acredite, mesmo que não pareça, essas duas especialidades são diferentes e você precisa saber disso na hora de escolher em qual você deseja se aprofundar. Um cirurgião cardiovascular tem uma formação mais especializada em procedimentos de coração e dos vasos sanguíneos e distúrbios, enquanto um cirurgião cardiotorácico é um pouco mais generalista.
Antes de fazer sua escolha, também é válido saber se a residência médica em Cirurgia Cardiovascular na USP se alinha às suas expectativas. Para ajudar você nessa importante decisão, conversamos com a Polyanna, residente do terceiro ano. Vem com gente conhecer um pouco mais sobre a rotina diária de quem faz residência médica em Cirurgia Cardiovascular na USP e saiba o que esperar!
Polyanna: Sou suspeita pra falar, mas todos são excelentes; cada um com a sua complexidade de casos e abrangência das patologias. A emergência é boa porque a gente entra em muitas cirurgias de vários grupos diferentes. Na congênita a gente vê muitas cardiopatias raras e é bem organizado. Na válvula a gente tem oportunidade de acompanhar muitas cirurgias de reoperações e minimamente invasivas, além da técnica transcateter.
Na aorta temos contato com grandes cirurgias, como abordagem toraco-abdominal, mas também minimamente invasiva e stents. Na coronária, o residente coloca bastante a “mão na massa”. E tem o transplante, que funciona na emergência, cuja equipe é muito bem estruturada.
Polyanna: Sim! Dr. Marcelo Jatene. Ele não é só um nome famoso, faz jus ao legado que carrega tanto na qualidade técnica quanto no domínio da equipe, além de ser um cavalheiro. Poder participar das suas cirurgias é um privilégio sem medidas.
Polyanna: No primeiro ano: UTI/estágios clínicos (coronária, válvula, IC/TX) / Cirurgia Torácica/ Centro Cirúrgico. Nos demais anos: estágios cirúrgicos: emergência, aorta, válvula, coronária, marca-passo, congênita.
Polyanna: Sim. No último ano temos direito a passar até 3 meses em estágios eletivos que podem ser na própria instituição e/ou fora dela.
Polyanna: Não. E é difícil ter ideia da carga máxima de plantão, pois isso depende do número de plantões que você dá por semana.
Polyanna: Nota 9.
Polyanna: Nossas principais atividades teóricas são Journal Club, reunião científica, aula teórica semanal + atividades da congênita que são próprias do estágio.
Polyanna: Nota 10.
Polyanna: O fato de estar num grande centro de renome te dá oportunidade de vivenciar uma medicina de ponta, com grandes nomes ainda atuando. Temos um volume gigante de cirurgias e um alto grau de complexidade de casos. Temos oportunidade de estagiar em vários lugares fora do país, oportunidade de publicações.
Polyanna: Podia ter um número maior de residentes pra dividir o trabalho, que é bastante.
Polyanna: A maioria faz isso, mas não é fácil. Muitos preferem não pegar uma escala fixa e ficam dando plantão de cobertura quando têm folga das atividades da residência.
Polyanna: Há moradia, mas nunca participei do processo de seleção, então não tenho muitas informações. No Incor, como não temos restaurante para os residentes, ganhamos, além da bolsa, um vale-refeição como ajuda de custo.
Polyanna: Eu penso em voltar sim. A maioria dos meus colegas voltou e tem se inserido no mercado com sucesso. Facilita muito ter feito faculdade na cidade de origem e/ou a primeira especialidade lá também, como por exemplo, cirurgia geral. Você acaba sendo conhecido pela comunidade médica e pelas equipes.
E aí? Curtiu? Já sabe que quer fazer residência em Cirurgia Cardiovascular na USP? Deu para perceber que essa especialidade vai exigir de você muita dedicação para encarar as muitas horas de estudos e estágios práticos, plantões e rotinas cirúrgicas. Mas sem dúvida nenhuma, ao final dessa jornada como residente, você sentirá que valeu a pena tanto esforço e vai poder atuar com total segurança como médico cirurgião. Aproveite para descobrir o salário do cirurgião cardiovascular neste artigo!
Se você quer saber mais sobre como é fazer residência médica na USP, dá uma olhada no nosso Guia Definitivo, que conta tudo o que você precisa saber, desde a preparação e as provas até a vida de quem é residente.
Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina.
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